
Oh morte que tanto te desejei
Desde a tenra idade que te conheço
Quis que derramasses sobre mim a tua lei
Tenho agora consciência do que te peço
Que destino é este o meu?
Que vida a minha, senão sofrimento?
Esse que me levou a desejar ser teu
Acabar de vez com este meu tormento
E agora? Que até levas as recordações
E deixas-me, despido, vazio, nu
sem sentimentos, sem paixões
Quem é o culpado senão tu?
Vem, vem de encontro a mim
Enfrenta esta raiva que me move
Vem que mostro-te o que é o fim
Vem, se tens coragem de me enfrentar
Vem, vem ver como dor chove
Pois um dia para ti também ela vai chegar...