Deixa-me que te leve
Para um outro mundo
Sem sol ou neve
Sem topo nem fundo
Deixa-me ver-te a nu
Olhar-te por dentro
O real despedido a crú
Não empurres quando entro
Deixa-me compreender-te
Fazer-te posse minha
Não me deixes perder-te
Ou quebrar a fina linha
Porque o hoje que não será o amanhã
E o amanhã não faz os ontens acabarem
Mesmo que as horas façam cessar com a manhã
Ou meus olhos fecharem...
O meu ultimo sopro, o ultimo rasgo de vida será para te amar
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