quinta-feira, setembro 01, 2011

Há dias que me sinto assim...
Perdido, vazio de mim,
Há dias que vejo o que não vi,
Que paro, sento, espero e ri...

Há dias em que não estou aqui,
Dias esse que sinto que fugi,
Fujo de mim, daquilo que fui
Daquilo que já não sou daquilo que já não flui...

Há dias que queria me encontrar,
Mas como se parei de procurar?
Há dias... e esses mesmos dias...
Apenas se transformam em noites tão frias...

Pergunto-me onde pára o tempo?
Quando deixa de correr o vento?
Quando acaba o que começou...
Porque não muda como já mudou...

sexta-feira, outubro 29, 2010

Deixa-me que te leve
Para um outro mundo
Sem sol ou neve
Sem topo nem fundo
Deixa-me ver-te a nu
Olhar-te por dentro
O real despedido a crú
Não empurres quando entro
Deixa-me compreender-te
Fazer-te posse minha
Não me deixes perder-te
Ou quebrar a fina linha

Porque o hoje que não será o amanhã

E o amanhã não faz os ontens acabarem

Mesmo que as horas façam cessar com a manhã

Ou meus olhos fecharem...

O meu ultimo sopro, o ultimo rasgo de vida será para te amar

quarta-feira, outubro 13, 2010



Corpo,

Aquele corpo que se diz meu está cansado.
Por ventos, dores e lagrimas trespassado.
Sentidos que se perdem, logo encontrados
Num ritmo de veus e tecidos rasgados
Voz
Aquela que teima em gritar o teu nome
Aquela que por dentro me consome
O grito que na escoridão some
Da alma que alimentada sente fome

Sentidos
Peridos desencontrados aqui e além
Olhares que olham sem desdém
Palavras que ditam ficam aquém
Como sem sentimento dizem amém

Força
Dá-me apenas um dia que queira passar
Dá-me uma curta verdade para amar
Dá-me um leve alento para sonhar
Um breve momento para respirar


Recolhe em mim o que não pode mais continuar
ou ficar
sem me crucificar

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quinta-feira, outubro 07, 2010




Deixas-me só estando tão perto
Como que num denso deserto
Sorriso presente, olhar distante
Ausência do beijo, olhar de amante
Um dia cresce a saudade
Outro esconde-se a verdade
Numa manhã o leve acordar
Numa noite o terno desejar
Qualquer um daqueles que é
Não sendo ou fingido-se assim
Num rumo sem inicio ou fim
Vazio da cabeça ao pé
Cheio de vontade de fugir
Correr, correr, para te perseguir
Simão

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sexta-feira, setembro 24, 2010






Oh dor que me assola,

Oh rasgo de mim

que a alma me amola

no inicio e no fim



Oh vontade de estar longe

Partir e não mais voltar

Ser anacoreta ou monge

viver por viver, remar por remar



Oh dia que voltas a nascer

Rio que correr até ao mar

Que corre, sem se perder

Que fica sem poder estar



Oh vontade alheia ao mundo

Coração forte e teimoso

Que não se deixa ficar no fundo

Sorriso lindo, olhar formoso



Um olhar de cada vez

Uma parte de outra

Um gesto que não fez

Uma metade noutra


Simão

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terça-feira, setembro 21, 2010


Ás vezes sinto-me...
Sinto que não estás já cá,
Sinto a cova dura ferida pela pá,
O terror do dia em que me deixo morrer,
O sofrimento que causa o teu perder.
Às vezes perco-me...
Desprezo-me no passar dos dias,
Cruzo ledas com historias frias,
Vozes que finjo não ouvir,
Dores que teimo em sentir
Às vezes…
Às vezes sou eu,
Eu e o terno sonho meu
Eu quanto recordo o teu sabor
Eu amado pelo teu amor
Outras vezes não…
Não distigo a luz do breu
Quando não sinto o olhar teu
O correr do sangue nas veias
Abraçando-me em doces teias.
Talvez uma vez…
Sim… talvez… se essa vez um dia chegar…
Aqui ou lá, na terra ou imenso mar,
Mais um rosto diferente a decorar
E nele o sentido do verbo amar.

Simão

quarta-feira, novembro 04, 2009




Há dias que não me vejo,
Dias esses que não me sinto,
Verdades que desminto,
Sentidos de desejo...

Há dias que sei brindar,
Dias esses que me mascaro,
Onde o barato sai caro,
Onde jogo e sei brincar...

Há dias que não sei mais,
Dias esses que me perco,
De loucuras me cerco
loucuras... sentidos tais...



Há dias em que sou eu... e dias há em que sou menos eu... e sou nós...


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