sexta-feira, setembro 24, 2010






Oh dor que me assola,

Oh rasgo de mim

que a alma me amola

no inicio e no fim



Oh vontade de estar longe

Partir e não mais voltar

Ser anacoreta ou monge

viver por viver, remar por remar



Oh dia que voltas a nascer

Rio que correr até ao mar

Que corre, sem se perder

Que fica sem poder estar



Oh vontade alheia ao mundo

Coração forte e teimoso

Que não se deixa ficar no fundo

Sorriso lindo, olhar formoso



Um olhar de cada vez

Uma parte de outra

Um gesto que não fez

Uma metade noutra


Simão

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