sexta-feira, outubro 29, 2010

Deixa-me que te leve
Para um outro mundo
Sem sol ou neve
Sem topo nem fundo
Deixa-me ver-te a nu
Olhar-te por dentro
O real despedido a crú
Não empurres quando entro
Deixa-me compreender-te
Fazer-te posse minha
Não me deixes perder-te
Ou quebrar a fina linha

Porque o hoje que não será o amanhã

E o amanhã não faz os ontens acabarem

Mesmo que as horas façam cessar com a manhã

Ou meus olhos fecharem...

O meu ultimo sopro, o ultimo rasgo de vida será para te amar

quarta-feira, outubro 13, 2010



Corpo,

Aquele corpo que se diz meu está cansado.
Por ventos, dores e lagrimas trespassado.
Sentidos que se perdem, logo encontrados
Num ritmo de veus e tecidos rasgados
Voz
Aquela que teima em gritar o teu nome
Aquela que por dentro me consome
O grito que na escoridão some
Da alma que alimentada sente fome

Sentidos
Peridos desencontrados aqui e além
Olhares que olham sem desdém
Palavras que ditam ficam aquém
Como sem sentimento dizem amém

Força
Dá-me apenas um dia que queira passar
Dá-me uma curta verdade para amar
Dá-me um leve alento para sonhar
Um breve momento para respirar


Recolhe em mim o que não pode mais continuar
ou ficar
sem me crucificar

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quinta-feira, outubro 07, 2010




Deixas-me só estando tão perto
Como que num denso deserto
Sorriso presente, olhar distante
Ausência do beijo, olhar de amante
Um dia cresce a saudade
Outro esconde-se a verdade
Numa manhã o leve acordar
Numa noite o terno desejar
Qualquer um daqueles que é
Não sendo ou fingido-se assim
Num rumo sem inicio ou fim
Vazio da cabeça ao pé
Cheio de vontade de fugir
Correr, correr, para te perseguir
Simão

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