terça-feira, agosto 14, 2007


Quantas são as profundezas
Que se pode encontrar no ser humano,
E quantas delas são as suas máscaras
E quantas são os seus disfarces,
Quanto disso é um escudo
Quanto disso é a carne viva,
Quanta é dor que dói,
Quanto é do sentido aço.

O enfrentar de cada máscara
O Desafiar de cada esconderijo
Aponto-te o meu abrigo
O meu mundo o meu perigo
Confirma a realidade
Cataloga as mentiras
Traduz a mente
Articula as relações
No preto e branco
A solução do enigma

Expõe os teus medos
Desmantela as certezas
Refaz as minhas dúvidas
Realça o evasivo
Em cada máscara
Em cada esconderijo
Explica o seu reflexo
Em cada cor do sentir
Até ao fim do abismo
Como o frio na espinha
Distingue as entrelinhas
Delineia as nuances
E nelas percebe as portas
Inventa as suas chaves
Equacione os seus tesouros
E revela a solução
Pulsando na vivência
Esquecida num quarto
Inocente como uma criança
Triste, suja e cansada
Sem que haja abrigo
Nos braços da solidão
Onde só sobrevive a esperança
Mistura de ao pó e lágrimas
Esperando uma voz que fale
Pela boca de outrem...

Etiquetas: , , ,