terça-feira, setembro 27, 2005

"Senta-te...
Esquece o mundo que te rodeia, esquece as horas, os dias, o nascer do sol, o brutar da lua.
Senta-te no chão, e como o brutar de uma flor renasce ao som dequela voz... Daquela voz gasta pelo tempo, tremida pelos sentidos que já me falham.
Ouve bem o que ela te diz, sente o seu calor a vibrar pelo ar quieto que nos rodeia. Como se rasgasse o veu que nos separa da imortalidade.
Ela pode parecer-te cansada, triste ou apenas sonhadora, mas nada disso importa, nada disso conta, perante a loucura de um mundo que teima em trazer a si vida, a este profundo e adoçado inferno que nos engole em gestos perdidos de recreio.
Consegues ouvir-la? Consegues senti-la bem junto ao teu ser, sussurrando palavras em língua ausente de dialecto, de pronuncia, de sentido...
Ela é a voz da sabedoria...
Pena que não esteja ao alcance daqueles que se forçam a ouvir...
Ela apenas se desvenda perante quem nasce e conserva o Dom...
Quem sabe tu sejas o escolhido... quem sabe..."

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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12:55 da manhã  

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