domingo, agosto 05, 2007


Sim, hoje escrevo directamente sobre ti, para ti, ou talvez me esteja a enganar e esteja a escrever sobre mim, para mim, ou no fundo no fundo esteja a escrever sobre nós, para nós...

E agora que deixo correr o "nós" encontro-me naquele patamar desmedido em que me assombra a pergunta... "que nós?"...

Quem somos? Para onde vamos? De onde viemos? Porque aqui estamos?

Quanto a ti não sei, nunca te compreendi e hoje em dia compreendo-te menos, por mais que alguém faça parte da nossa vida, acabamos por não os compreender completamente, há sempre qualquer coisa que por mais que te esforces nos passa ao lado, nos escorre por entre os dedos, nos sopra levemente ao ouvido num dialecto incompreensível.

E eis que chegamos aquele lugar, onde o inicio é o termo, o principio é o fim, o branco é preto, o alegre é triste, e tudo se perde e se confundo num misturar de sentimentos que se perdem e se ganham num turbilhão de emoções que nos correm nas veias e se confundem, misturam, baralham, se escondem e se encontram, por vezes simultaneamente, raras, e em regra tarde de mais...

Talvez seja o que estava destinado... olha para mim a falar de destino... logo eu que por mais sonhador nunca me deixei arrastar pela ideia de que nada posso fazer para traçar o meu rumo.

Pois bem, o que se passou passou... e o que virá, virá...

Ou talvez não...

Há coisas que nunca mudam não é verdade?...

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